A importância do envelhecimento ativo

A Organização Mundial de Saúde define o envelhecimento ativo como um processo de otimização das oportunidades para a saúde, segurança e melhoria da qualidade de vida, promovendo uma sociedade mais inclusiva, participativa, ativa e saudável. Em Portugal, o Ministério da Saúde tem conseguido, através do sistema da Direção-Geral da Saúde, registar um notável histórico de desenvolvimento de programas que beneficiam o envelhecimento ativo da população, como é exemplo o Programa Nacional para a Saúde das Pessoas Idosas.

É importante (e cada vez mais) dar continuidade ao desenvolvimento de políticas transversais e de estratégias, que permitam a todas as pessoas idosas a possibilidade de desfrutar de uma vida mais ativa e saudável. É já um grande triunfo da humanidade, mas será sempre um dos maiores desafios.

Dados divulgados pela DGS revelam que, em 2015, as pessoas com 65 anos ou mais representavam cerca de 20% de toda a população residente em Portugal. Nesse mesmo ano, a esperança de vida atingiu os 77,4 anos para homens e 83,2 anos para as mulheres.

Destacam-se dois modos de envelhecimento: normal e patológico. O envelhecimento normal associa-se a alterações fisiológicas do organismo, correspondendo ao que é esperado. Já o patológico relaciona-se com cuidados que são necessários à saúde face a determinadas patologias, como é o caso das doenças cardiovasculares. Desta forma, é crucial adotar estilos de vida saudáveis desde o início de vida de qualquer pessoa para que nada comprometa o desenvolvimento normal de cada um.

Como promover o envelhecimento ativo e saudável?

É importante adotar uma vida mais saudável e ativa, através da prática de exercício físico regular e de uma alimentação equilibrada e adequada às necessidades de cada pessoa e ao seu estado de saúde. Também o controlo médico periódico é fundamental.

Praticar exercício físico regular: adotar hábitos como caminhar diariamente é uma medida de atenuar a perda de mobilidade física, garantindo a independência e autonomia.

Na alimentação: evitar o consumo excessivo de sal, de gorduras e açúcar. Dar prioridade à ingestão de frutas e vegetais, como forma de manter uma alimentação equilibrada. Evitar hábitos tabágicos e de ingestão de álcool.

Controlo médico regular: fazer análises frequentes e de rotina dos valores da tensão arterial, dos níveis de glicose e colesterol no sangue.

Promover atividades no âmbito da saúde cognitiva: uma vez que as capacidades motoras e cognitivas vão diminuindo progressivamente com a idade, é essencial estimular estas capacidades através de atividades de leitura, de memória, novos conhecimentos, atividades manuais e, muito importante, o convívio.

Promover atividades inclusivas nas sociedades, pensadas para a população idosa, através da participação e colaboração em grupo, atividades de aprendizagem e de conhecimento de novos lugares. É importante o trabalho voluntário como contributo e forte estratégia para a promoção da sociabilidade. Só assim permitirá desenvolver-se o sentido de pertença na comunidade, assim como a promoção de efeitos positivos na saúde e na autoestima. Resume-se, assim, excelentes formas de promover o envelhecimento ativo e saudável.