Carolina Gomes da Silva: “Acho que o truque é só gostarmos do que fazemos”

Go Carol, porque temos de ir em frente, batalhar diariamente pelo que queremos, pelo que gostamos, sermos felizes ao máximo, aproveitar cada momento”. É assim que Carolina Gomes da Silva se dá a conhecer na sua plataforma digital, onde partilha, diariamente, com todos os seus leitores e seguidores, as suas dicas de motivação, as receitas fit, as suas rotinas e hábitos saudáveis.

O #juntossomosmaisfit não sou eu, somos todos. Cada uma dessas pessoas acredita que podemos, de facto, ajudarmo-nos uns aos outros e isso é das coisas mais bonitas que as redes sociais me trouxeram.

Na descrição do blog podemos ler: “Go Carol porque temos de ir em frente (…) sermos felizes ao máximo”. Considera-se uma pessoa positiva? De que forma isso influencia no seu modo de estar?

Tento ser o mais positiva possível, no entanto a minha veia é mais negativa. Contudo forço-me a pensar positivo e, atualmente, até me começo a considerar uma pessoa positiva, sim. Faz toda a diferença, sem dúvida. Posso dizê-lo convictamente, porque sei como é pensar de cada forma.

O que motivou a criar o blog? Há quanto tempo existe?

O Go Carol existe há quatro anos e meio, desde 6 de janeiro de 2015, mas começou a ser pensado muito antes. Na verdade, já tive outros blogs antes, mas nunca mostrei a ninguém, por isso era algo só meu.

Queria partilhar coisas que não conseguia através do Instagram, que era a minha rede social da altura, onde estava a mostrar um pouco mais do que gostava e fazia a quem não me conhecia, nomeadamente as receitas vegetarianas.

O que é que procura partilhar, essencialmente?

Um dia normal de alguém que não consome nada de origem animal, treina e trabalha todos os dias, sem esquecer que ler um livro ou fazer uma viagem também faz parte da vida e também é importante para a mesma. Portanto, acabo por partilhar de tudo um pouco.

Cada vez mais vemos várias pessoas a procurar fazer também esta mudança, mas acabam por desistir, por achar que ficam sem alternativas ou, simplesmente, porque não conseguem. Como é que se adapta o organismo a esta mudança? Que considerações são importantes ter em conta para quem procura o mesmo?

Acho que existem as duas coisas. Pessoas que desistem, porque, por vezes, é muito complicado, principalmente quando estamos junto de outras pessoas, em restaurantes, aniversários ou festas, e as pessoas vão comer um gelado, uma pizza ou outra coisa qualquer e não existe uma alternativa para nós, sem carne, sem queijo ou sem ovos. E isso não é fácil. Mexe muito com a parte sentimental também, ao contrário do que se possa pensar. Por outro lado, normalmente a família não está de acordo. Acha que a pessoa vai morrer de fome, que não vai aguentar, que vai ficar doente… E, mais uma vez, isso também não ajuda.

Ou seja, tanto a falta de alternativas nos restaurantes e outros espaços alimentares, como a falta de ajuda da família e amigos, como a falta de confiança/motivação/empenho/vontade da própria pessoa podem fazer com que se desista muito rapidamente de uma alimentação vegetariana ou vegan.

Muitas vezes temos de fazer sacrifícios. Ver os outros a comer uma pizza e termos de optar por uma salada, porque não fazem pizzas sem queijo, ou termos de levar os nossos pratos para uma festa, porque ninguém “sabe cozinhar o que comemos”. Mas se for realmente essa a nossa escolha ninguém nos para.

Podemos conhecer um pouco da sua rotina? O que não pode faltar no seu pequeno-almoço? A que altura do dia prefere treinar?

Habitualmente não tomo pequeno-almoço, porque gosto de fazer jejum intermitente. Por outro lado, sinto-me melhor treinando em jejum e, como treino sempre de manhã, escolho saltar essa refeição. Quando como, em viagens ou quando acordo com muita fome, opto por um batido de fruta e/ou legumes. Se tiver mais tempo preparo umas panquecas.

Tem algum truque para manter sempre o foco num determinado objetivo, nomeadamente numa rotina mais ativa e saudável?  

Gostar do que como, de treinar e de me sentir bem. Acho que o truque é só gostarmos do que fazemos.

Através da hashtag #juntossomosmaisfit, acredita que pode ser uma motivação extra para alguém? A partilha de conteúdos pode ser benéfica para motivar as pessoas?

Acredito que pode ser uma motivação extra, sem dúvida. Já me aconteceu diversas vezes estar cansada ou com dores musculares e não me apetecer treinar naquele dia, por exemplo. E depois de ver dezenas de publicações logo de manhã no #juntossomosmaisfit fico mais inspirada e sem vontade de desistir. Se me ajuda acho que pode ajudar muitas outras pessoas. O #juntossomosmaisfit não sou eu, somos todos. É uma família gigante que já existe há três anos e que espero continuar a existir durante muitos mais. Cada uma dessas pessoas acredita que podemos, de facto, ajudarmo-nos uns aos outros e isso é das coisas mais bonitas que as redes sociais me trouxeram.

O que é que ainda falta conquistar? Há alguma coisa que ainda não teve oportunidade de fazer, mas que anseia?

Há muitas coisas, sim. Algumas não quero revelar, mas gostava de fazer mais showcookings, por exemplo. Estreei-me este ano e tenho adorado. É incrível conhecer algumas pessoas que já me acompanhavam e que ficam a saber que vou estar em tal sítio e vão lá de propósito (não há explicação para isto) e outras que não me conhecem de lado nenhum, mas vão para ver o que tenho para mostrar. Portanto, sempre que tiver possibilidade irei fazer showcookings.

5 perguntas rápidas

  1. Prefere treinar de manhã ou ao fim do dia? Manhã.
  2. Treinos indoor ou outdoor? Indoor no inverno, outdoor no verão.
  3. Qual o exercício que mais gosta de fazer e o que mais detesta? Gosto de fazer abdominais, mas não tenho um exercício favorito, e não treino peito, porque não gosto. (risos) Acho que está respondido.
  4. Prefere correr ou andar de bicicleta? Correr no outdoor, andar de bicicleta no ginásio.
  5. Alimento preferido? Não consigo ter apenas um preferido… Talvez os que mais consuma sejam couve-flor, cenoura, alho francês, melão, amêndoas e tofu.