O que precisamos de mudar na nossa alimentação num período de quarentena?

É importante, neste período, mantermos as nossas rotinas o mais parecidas possível. Ainda assim, com mais tempo e disponibilidade, podemos aproveitar para experimentar novas receitas que antes não tínhamos tempo para fazer. Deixamos de lado os produtos processados, como o caso de madalenas, pães-de-leite e barras proteicas, e confecionamos os alimentos, substituindo estes lanches mais calóricos por, por exemplo, crepiocas ou papas de aveia.

Nesta fase, é essencial fazer uma boa ingestão de proteína, mesmo praticando menos atividade física. É muito mais difícil recuperar massa muscular perdida do que massa gorda ganha, uma vez que até pode conseguir emagrecer 1kg numa semana, mas para hipertrofiar 1kg se calhar demora mais de um mês.

Em relação aos hidratos de carbono devemos diminuir a ingestão, uma vez que não gastamos tanta energia. É essencial que diminua, tanto quanto possível, a quantidade de gordura em fritos, manteiga, molhos, enchidos e no limite até frutos gordos e azeite (caso esteja a tentar emagrecer), dado que são alimentos com elevado valor calórico e pouco potencial saciante e de manutenção de massa muscular.

Neste momento de quarentena é normal que fique mais tempo no sofá ou na cama a ver televisão, o que, inevitavelmente, leva a que ingira mais quantidade de alimentos. Agora, mais do que nunca, é fundamental que não entrem em casa alimentos altamente calóricos, que possam levar a um consumo compulsivo, como: bolachas, biscoitos, batatas fritas de pacote, frutos gordos (sobretudo os fritos e salgados. como os amendoins), bombons e afins. Estes tipos de alimentos calóricos devem ser substituídos por alimentos mais saudáveis. como a fruta, iogurtes magros sem açúcar, gelatinas, tremoços, pipocas sem óleo, entre outros.

Existem alimentos que ajudam na imunidade, mas esses alimentos devem ser ingeridos durante todo o ano, e não só nesta fase, que é o caso dos suplementos ricos em Vitamina C, Vitamina D e probióticos.

Neste momento é mais importante reforçar os hábitos de higiene pessoal, de etiqueta respiratória e segurança alimentar na confeção de alimentos. Só devem sair de casa para o que é realmente necessário e quando voltarem criam uma “zona suja” em casa com a roupa e calçado que foi à rua e não a misturem com a “zona limpa” da casa, desinfetando as compras que acabaram de fazer. Têm por isso uma probabilidade muito menor de infeção, independentemente de estarem a beber chá verde.