O porquê de ser tão importante lavar corretamente as mãos

No âmbito do Dia Mundial da Higienização das Mãos, celebrado a 5 de maio – uma iniciativa promovida pela Organização Mundial de Saúde – falamos da importância de lavar corretamente as mãos.

Curiosamente, esta data nunca fez tanto sentido. Numa altura em que o mundo enfrenta uma pandemia sem antecedentes, há determinados hábitos tão comuns no nosso dia a dia que passaram a ter uma importância muito maior. A correta higienização das mãos é fundamental para assegurar a saúde individual e a saúde pública, todos os dias.

Nos últimos tempos, muito se tem falado sobre a higienização correta e frequente das mãos, como uma das formas de prevenir a contaminação pelo novo Coronavírus. Porém, muitos ainda questionam o porquê da importância deste gesto e se é realmente preciso ensinar as pessoas a fazer uma coisa, aparentemente, tão simples e básica, como lavar as suas próprias mãos, um hábito de higiene diário.

A correta higienização das mãos é crucial e pode fazer a diferença entre contrair ou não este e outros vírus.

Comecemos, então, pelo primeiro tópico: porque é que é tão importante lavar corretamente as mãos?

Pensemos no nosso dia a dia. Provavelmente, as mãos são das partes do corpo que mais utilizamos durante o dia, quer para pegar em objetos, quer para tocar na cara, por exemplo. É com elas que seguramos os produtos que compramos no supermercado, mas também que coçamos os olhos, quando sentimos comichão. Com elas, pegamos no telemóvel para fazer uma chamada, mas também levamos alimentos à boca. Isso significa que as nossas mãos transportam as “impressões digitais” de tudo aquilo em que tocaram e em que outros também tocaram.

E o que tem tudo isto a ver com o COVID-19?

Na situação atual de pandemia, sabemos que os principais agentes de contágio são as gotículas, secreções e aerossóis de pessoas infetadas. Ora, se os cuidados de higiene e a “etiqueta respiratória” de cada um não for exemplar, a consequência mais provável é a de que as mãos dos indivíduos contaminados sejam portadoras do vírus. Logo, todas as superfícies em que eles toquem irão, à partida, ficar contaminadas durante um período de tempo que dependerá, nomeadamente, do material da superfície em questão. Assim, através deste circuito, o vírus vai circulando e basta a simples ação de levar a mão contaminada à boca para se dar o contágio pelo novo coronavírus.

Deste modo, lavar bem as mãos e de forma regular, sobretudo depois de tocar em objetos ou superfícies que não sabemos se estão ou não contaminadas, é fundamental para evitar a propagação do vírus.

A maior parte das pessoas não lava as mãos adequadamente, limitando-se apenas a passar as mãos por água e por um pouco de sabão/sabonete/gel de mãos. Uma ação que, geralmente, ocupa menos de dez segundos e que se revela insuficiente no momento de eliminar um vírus que tenhamos nas nossas mãos.

Este é um momento de aprendizagem para toda a humanidade e uma excelente altura para mudar os nossos hábitos. Um gesto tão simples e fácil, como lavar bem as mãos, pode salvar a nossa vida e a dos que estão à nossa volta, promovendo inúmeros benefícios, não só no imediato, como no futuro.

Quem tem crianças deve, desde já, começar a sensibilizá-las para esta atitude que pode ser tão determinante em termos de saúde individual, como também de saúde pública. Para ter uma ideia, higienizar bem as mãos não deve demorar menos de 20 segundos (o equivalente à duração da canção “Parabéns a você”), segundo informações divulgadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Por isso, lave regularmente as mãos, cumprindo as seguintes recomendações da DGS:

  • A lavagem começa por molhar as mãos em água.
  • De seguida, cobrir toda a superfície das mãos com sabão.
  • Esfregar as palmas das mãos uma na outra.
  • Juntar as palmas das mãos e entrelaçar os dedos.
  • Esfregar rotativamente todos os dedos.
  • Esfregar a região do pulso.
  • Enxaguar as mãos em água abundante.
  • Secar bem as mãos num toalhete descartável ou numa toalha (devendo mudar com frequência as toalhas disponíveis).
©D.R.