A alimentação intuitiva vs alimentação consciente: quais as principais diferenças?

A alimentação intuitiva é uma abordagem de saúde e de alimentação que rejeita dietas, planos alimentares e a necessidade de disciplina ou força de vontade para nos alimentarmos. É um processo e uma jornada pessoal entre o corpo e a mente que envolve compreender e respeitar as emoções, os instintos naturais\biológicos e os pensamentos. Tudo isto, com o objetivo de normalizar a nossa relação com a comida e o nosso corpo.

Já a alimentação consciente baseia-se em trazermos a nossa consciência para o ato da comer, estando cientes da nossa relação com a comida, permitindo-nos perceber onde é que começaram os nossos problemas com a comida. Pode parecer simples, mas um estilo de vida acelerado (com a necessidade de fazermos várias coisas ao mesmo tempo), pode ser um desafio, trazendo essa atenção extra ao ato de comer.

Quais são, então, as maiores diferenças entre alimentação intuitiva e alimentação consciente?

Embora a alimentação intuitiva incorpore princípios da alimentação consciente, são métodos com filosofias diferentes. Comer intuitivamente, para além de exigir que estejamos conscientes enquanto nos nutrimos, inclui a defesa do movimento para nos sentirmos bem, rejeitar a mentalidade de dieta, usar a nutrição sem julgamento – respeitando sempre o nosso corpo. O mais importante é honrarmos as nossas necessidade para que nos possamos sentir bem.

Na sua base estão dez princípios que nos vão ajudar a compreender os nossos sinais biológicos de fome, saciedade e satisfação, de forma a aprendermos a confiar no nosso corpo em relação à necessidade de comer todo o tipo de comida.

Segundo alguns estudos, uma alimentação Intuitiva ensina a:

  • Comer, devido a sinais biológicos da fome e não por razões emocionais;
  • Depender unicamente de sinais internos de fome, tanto para começar uma refeição como os sinais de saciedade para terminar a mesma;
  • Termos permissão incondicional para comer, sempre respeitando o corpo, a fome e a sensação de saciedade.

Atualmente, são várias as análises científicos que comprovam os benefícios de uma alimentação intuitiva. Eles demonstram que a alimentação intuitiva leva a:

  • Autoestima elevada
  • Melhor imagem corporal
  • Mais satisfação com a vida
  • Optimismo e bem-estar
  • Habilidades proativas de lidar com situações difíceis
  • Índices de massa corporal inferiores
  • Níveis mais altos de colesterol HDL (colesterol “saudável”)
  • Níveis mais baixos de triglicerídeos
  • Índices mais baixos de alimentação emocional
  • Índices mais baixos de alimentação desordenada (desorganizada)

Resumindo, a alimentação intuitiva é uma forma de sintonização da mente, do corpo e da alimentação.

Para quem luta com problemas alimentares, tanto a alimentação consciente e, sobretudo, a alimentação intuitiva, vão facilitar a normalização da alimentação.